O que vai Hugo Fernandes dizer no WordCamp Europa?

Na missão de mudar o mundo, nem que seja uma pessoa de cada vez, Hugo Fernandes vai tentar inspirar a audiência que o espera no WordCamp Europa, em Sofia. No próximo domingo, pelas 15h30, o designer português estará a entrar em palco para abordar “algumas teorias próprias sobre criatividade”. Como habitual nas suas apresentações vai conduzir o público por “pequenos exercícios”. Promete que “não vai ser apenas uma conversa isolada de uma pessoa, mas sim uma experiência completa para os participantes”.

Já falaste para várias plateias mas suponho que esta seja especial?
Verdade. Tanto pela dimensão [mais de 1000 pessoas, esgotado] como pelo tipo de público em si. Lá vou encontrar algumas das mais brilhantes mentes na área da tecnologia web e mais concretamente no universo WordPress.
Como espectador na edição do ano passado, sei que é um público exigente e à procura de se sentir inspirado com a mensagem que o speaker trará, seja técnica seja criativa.

No WordCamp do Porto anunciaste o fecho do ciclo do tema “Hello Ideas”. Sofia representa o início de outro?
Na verdade representa uma transição. Perante esta oportunidade não poderia abandonar o conceito e não o partilhar por uma assistência tão importante. Quando se pretende mudar o mundo esta é a melhor forma: uma pessoa de cada vez. E creio que algumas das coisas que falo nos dão ferramentas mentais para que cada um consiga mudar o seu mundo.

Podes desvendar um pouco o tema da tua apresentação?
A primeira vez que pensei sobre este tema foi para o apresentar numa conferência na Suíça (http://switzerland.gotoandski.com/sessions-speakers/). Sempre me fascinou a forma como o nosso cérebro processa ideias e como as pessoas depreendem as coisas. Depois disso, aprofundei a minha pesquisa sobre a criatividade, a maneira como nosso cérebro funciona, e como essas duas coisas combinadas influenciam o nosso trabalho como designers e developers.
Desde então, tenho falado em outras conferências (WordCamp Portugal por 2 vezes também) e como speaker motivacional em escolas secundárias e empresas utilizando técnicas criativas, o que tem sido uma tremenda experiência. Posso honestamente dizer que mudei vidas de pessoas com este tema.
Estou neste momento no pico da minha pesquisa e desenvolvi algumas teorias próprias sobre criatividade e nosso cérebro, de modo que o momento e local para as apresentar conjugou-se na perfeição.
Vou fazer também pequenos exercícios onde o público terá um papel activo. Não vai ser apenas uma conversa isolada de uma pessoa, mas sim uma experiência completa para os participantes.
Outra das minhas abordagens é como a Criatividade se pode aplicar à vida. Acredito que ser-se Designer e ter-se a oportunidade de aplicar esse conhecimento na vida é uma dádiva. Quero então partilhar as ferramentas e inspiração necessárias para que cada um possa aplicar essa mentalidade para si.

Rebuçados

O que te levou a apresentar a candidatura?
Basicamente a oportunidade e o interesse demonstrado pelo tema. Poder transmitir a mensagem para uma audiência tão grande e para pessoas tão inteligentes e que têm a real capacidade de resolver alguns dos problemas que abordo é algo que não poderia desperdiçar.

Vamos lá saber, para leigos, o que fazes realmente. O que é um designer de interacção?
Um designer de interação é alguém que pensa na relação que o produto (website, app, etc) tem com a pessoa. Basicamente a conjugação de várias competências de design, como UX e UI, mas também design thinking e processos de interacção.
Numa palavra é Design. “Interacção” ajuda a contextualizar a área de acção.
Numa fase inicial da minha carreira estava a desenhar um outdoor publicitário quando dei por mim a pensar como seria quando a pessoa interagisse com o produto. Foi aí que percebi que isso não iria acontecer, que aquilo que eu fizesse viveria assim para sempre. Nesse momento percebi qual o caminho que a minha carreira deveria tomar: todo o meu trabalho se baseia em acção/reacção. Se a pessoa agir, o produto tem de reagir. Se o produto agir, a pessoa tem de reagir. Foi este também o mote para o meu interesse em psicologia comportamental e perceber como o nosso cérebro reage aos impulsos que lhe são proporcionados.

Já ofereces-te rebuçados à assistência. O que vais oferecer desta vez?
Como não dá para atirar garrafas de vinho e a minha sessão será depois de almoço, um pouco de açucar estimula sempre a actividade cerebral. É essa a intenção 🙂

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