Entrevista a Pedro Mendes: “Uso WordPress desde 2003 e não voltei a olhar para trás”

Pedro Mendes não é programador, nem designer. É um utilizador de WordPress como muitos outros. Com a particularidade de estar na plataforma desde o início, 2003. Escolheu esta plataforma para os seus projectos e para publicar o que bem entende. A fotografia é a sua arte de eleição e, por estranho que possa parecer, está quase a jurar que nunca publicou uma foto de gatinhos.

PedroMendes

Utilizas WordPress desde quando e que tipo de projectos desenvolves?
Se memória me não falha, uso desde o início, 2003. Tinha um blog pessoal estático (HTML+CSS) e, nesse ano comecei a ler sobre o WordPress, resolvi experimentar, e não voltei a olhar para trás.
Tenho vários projectos baseados em WordPress: O Coffeepaste, um site dedicado às artes e aos artistas portugueses; O The Start Zone, onde entrevisto startups e empreendedores, e os meus blogs de fotografia. Além disso já desenvolvi outros sites.

Como é que chegaste ao WordPress? E porque WP e não outro sistema?
Penso que foi por influência da Molly Holzschlag, uma pioneira nas questões da Web e dos Web Standards. Na altura não havia muita alternativa. Havia o Blogger, onde fiz algumas experiências, mas sempre me agradou ter controlo sobre os conteúdos, por isso optei pela versão self-hosted do WordPress. O que me agradou mais foi, por um lado, a facilidade de gestão e actualização de conteúdos e, por outro, o crescente número de temas e plugins que foram aparecendo.

Trabalhas apenas com WordPress ou utilizas outros sistemas de gestão de conteúdos?
Nos meus projectos uso apenas WordPress. No “day job”, uso também Sharepoint.

Podemos conhecer o teu processo de trabalho ou os métodos habituais?
Nos sites que desenvolvi, começo por rever os objectivos do site em questão, e depois perceber como o WordPress facilita a sua realização. E sabemos que o WP tem solução para quase todos os problemas.

Tens uma certa ‘queda’ para as artes e a criatividade. O que fazes com WordPress reflecte-se nisso?
Sim. Desde logo, a enorme quantidade de temas disponíveis faz com que os ajustes em termos de navegação e estrutura sejam muito menos, além de terem um aspecto bonito e funcional. No Coffeepaste, por exemplo, as imagens dão suporte aos posts, e a facilidade com que se gerem é uma grande ajuda.

Já fomos, enquanto sociedade, consumidores de conteúdos. Passamos a autores de conteúdos. Primeiro em blogs de muito texto, depois em blogs com uma forte componente visual, até às redes sociais com particular destaque para as imagens. Como analisas esta mudança?
É uma questão muito interessante. É um facto que passámos a ter a possibilidade de produzir conteúdo, e não apenas de consumi-lo. Mas não estou certo que a percentagem de “produtores” seja assim tão grande. A maioria das pessoas limita-se a reagir (like) ou comentar (muitas vezes negativamente – ver sites dos jornais), se bem que podemos entender um comentário como conteúdo. Mas conteúdos mais estruturados tais como artigos não são a regra, na minha observação. As imagens passaram a ter, de há uns tempos para cá, uma importância crescente. O Pinterest é um exemplo óbvio. Além disso, as imagens dão mais visibilidade aos artigos, e chamam a atenção. Penso que é uma tendência que não deverá diminuir nos próximos tempos.

Vá lá, confessa, já publicaste fotos de gatinhos?
Tenho quase a certeza que não, a não ser que tenha sido do Garfield. De qualquer forma, sou mais uma “dog person”.

Quais achas que devem ser os próximos passos do WordPress, aquilo que gostarias que tivesse e ainda não tem?
Prefiro ser surpreendido, uma vez que o WP está cada vez mais completo.

Alguma sugestão a quem está agora a começar a fazer projectos com WordPress?
Se puderem, comecem pelo wordpress.com para se familiarizarem com as funcionalidades. Depois, se o projecto o justificar, passem para a versão self-hosted. E, claro, tirar partido da fantástica comunidade WordPress, que é de uma disponibilidade e generosidade incríveis.

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