De vez em quando a Comunidade Portuguesa de WordPress agita-se em redor da utilização do Acordo Ortográfico de 1990 (AO90) na tradução principal do WordPress para português.
Levantam-se questões legítimas, apresentam-se opiniões, um ou outro decreto-lei para uma discussão que ultrapassa as barreiras do uso da língua e toca aspectos de ordem técnica, que vão muito além das opções individuais de usar ou não o AO90.
Este texto não pretende abrir qualquer debate sobre:
- O AO90 é bom ou mau;
- O AO90 vai ou não ser alterado e quando;
- O AO90 é ou não obrigatório.
Não é um texto sobre legalidade ou obrigatoriedade de usar uma determinada forma escrita da língua. Pretendemos apenas fazer um resumo do que têm sido as opções da equipa de tradução do WordPress para português de Portugal e, acima de tudo, clarificar o que está a ser feito e porquê, para corresponder às diversas necessidades dos utilizadores.
O histórico
A discussão sobre a utilização do Acordo Ortográfico de 1990 na tradução oficial portuguesa do WordPress começou a fazer-se por volta de 2013.
Já nessa altura, apesar de depender de uma equipa relativamente pequena de contribuidores, a tradução estava estabilizada. Tinha envolvido um grande trabalho de revisão e de consolidação de termos e era actualizada a tempo do lançamento de novas versões. No GlotPress, a plataforma que gere as traduções do projecto WordPress, cabiam ainda apenas as traduções do core (o próprio WordPress). As traduções de plugins e temas não estavam incluídas. Eram geridas individualmente, adicionadas ou não a cada tema ou plugin disponíveis nos respectivos directórios do WordPress.org.
Dentro da equipa de tradução havia a percepção de que a adopção do AO90 por instituições públicas e alguns meios de comunicação começava a colocar a questão da sua adopção ou não pelo WordPress. E alguns de nós eram favoráveis a essa adopção.
Como sempre procurámos fazer dentro da Comunidade Portuguesa de WordPress, colocámos à discussão pública se deveria ou não a tradução oficial adoptar o AO90.
Ao mesmo tempo, discutiu-se se também se manteria o tratamento formal ou se se adoptaria o informal, que então era gerido de forma autónoma pelo Nuno Barreiro. Estas opções foram submetidas a votação e o resultado foi inequívoco no sentido de manter por omissão a versão pré-AO90 e formal.
Virtudes e defeitos
Convém acrescentar que esta discussão, embora tenha deslizado algumas vezes por essa via, nunca foi, ou nunca pretendeu ser, uma discussão sobre as virtudes e os defeitos do AO90, nem uma discussão política.
Ainda que todos tenhamos opiniões, não cremos que seja do interesse do projecto WordPress pronunciar-se sobre isso. Alguns defendiam a adopção, outros não. A maioria que esteve presente e se pronunciou em votação decidiu manter a versão que ainda hoje é a oficial, pré-AO90.
AO90? Há um plugin para isso
Cientes de que, apesar da decisão tomada, a necessidade de oferecer o WordPress em versão AO90 era real, alguns de nós procuraram resolver este problema à maneira do WordPress. Foi assim que surgiu o PT Variants, um plugin que permite converter o core do WordPress em versão AO90. Simplificando, o PT Variants substitui os ficheiros de idiomas por omissão por uma versão manualmente convertida com o Lince. Esta solução resolvia uma necessidade e ainda hoje é útil.
A evolução do GlotPress
A plataforma que gere as traduções colaborativas do WordPress evoluiu, e em 2015 passou, aos poucos, a incluir plugins e temas. Se a manutenção da tradução do WordPress é uma tarefa exigente – com a preocupação de aperfeiçoamento e consolidação de termos, acompanhamento de novos tradutores, validação de novas traduções, etc. –, manter as traduções de centenas ou milhares de plugins e temas é algo que se torna tão extenso que só é possível fazer com qualidade se:
- Por um lado, se mantiver uma excelente consolidação de termos e glossário;
- Por outro, se houver uma equipa de utilizadores-tradutores bem organizada, que vá crescendo em proporção aos projectos traduzidos, que conheça bem a tradução do core do WordPress e dos respectivos projectos.
Para isto, é essencial eliminar todos os trabalhos que possam ser processados automaticamente, deixando a equipa livre para dar suporte ao crescente número de projectos.
Acresce que muitas das traduções de temas e plugins que foram adicionadas estavam dispersas, não seguiam as regras que foram aplicadas para o core, criando um desfasamento grande em termos de interface do utilizador, com as mesmas funções e elementos a terem nomes diferentes.
Isso acontecia mesmo com plugins com uma elevada utilização em Portugal, como o WooCommerce ou o Yoast SEO, p.e.
A preocupação por consolidar termos
A equipa de GTE (Global Translation Editors), que gere a validação de traduções de todos os projectos, procurou estender a consolidação de termos aos plugins que são mais utilizados, e, sempre que possível, tentou encontrar PTE (Project Translation Editors) que estivessem familiarizados com as funcionalidades dos plugins e integrados na Comunidade, por forma a haver comunicação constante e resolução de dúvidas.
Aliás, esta tem sido sempre uma preocupação, trazer para bordo das traduções novos contribuidores, ajudando a esclarecer dúvidas em diversos canais e estabelecendo algumas regras gerais que possam garantir a qualidade e homogeneidade das traduções do WordPress. E uma discussão constante sobre a utilização de novos termos, sobre correcções ou melhoramentos.
A entrada de plugins e temas no GlotPress favoreceu a tradução colaborativa de mais projectos, mas também criou uma fragilidade evidente na nossa solução para quem quisesse utilizar o AO90.
O PT Variants só aplica o AO90 ao core do WordPress. Plugins e temas mantêm a versão que se encontra no GlotPress, por norma (mas não obrigatoriamente) pré-AO90.
As limitações técnicas e as opções
Algumas pessoas defendem que o WordPress deve simplesmente passar a adoptar o AO90, deixando de haver opção para quem queira manter a grafia antiga. Esta solução, a mais simples, implicaria quebrar a decisão saída da votação anterior. E, mais ainda, implicaria que todas as instalações de WordPress em português de Portugal fossem, de forma automática, actualizadas para a versão AO90, sem que o proprietário da instalação fosse chamado a decidir.
Não nos parece que esta seja a forma correcta. A nossa convicção sempre foi no sentido de permitir a livre escolha, porque para um software livre como o WordPress essa é uma prerrogativa essencial.
Há ainda um aspecto técnico que colabora para esta decisão: a capacidade de converter de forma rápida os ficheiros de idiomas pré-AO90 em AO90, usando um conversor como o Lince (ou outro). Isto não é possível no sentido inverso, já que as regras do AO90, e as múltiplas combinações e excepções por ele criadas, invalidam a retroversão programática.
Resta a possibilidade de criar uma tradução paralela, que possa herdar da tradução principal pré-AO90 todo o trabalho que tem sido feito ao longo de anos, com uma conversão simples, como já foi referido.
O que está a acontecer
Nesse sentido, foi solicitado à equipa que gere o desenvolvimento do GlotPress e a plataforma de traduções do WordPress.org que fosse criada uma variante AO90 para a língua portuguesa de Portugal. Essa variante seria populada com a conversão automática das traduções actuais pré-AO90, mantendo destas a consolidação reconhecida e as regras que têm sido adoptadas na tradução do core do WordPress e dos plugins e temas mais comuns.
Esta solução permitiria oferecer a alternativa AO90 a quem pretendesse adoptá-lo, surgindo como opção na lista de idiomas já disponíveis no painel das opções do WordPress.
Nenhum utilizador estaria limitado na utilização do AO90 no core, temas e plugins do WordPress. Ao mesmo tempo, nenhum utilizador seria obrigado a adoptar o AO90 sem poder recusar essa alteração.
Mais ainda, uma alteração deste género permite que a equipa de tradutores e validadores, se assim o entenderem, mantenham as duas versões actualizadas (pré-AO90 e AO90), sem necessidade de duplicação de esforços, já que, desde que a versão pré-AO90 seja validada, a versão AO90 pode ser actualizada através da conversão e carregamento dos ficheiros de idiomas.
(Idealmente isto poderia/deveria ser feito de forma programática, recorrendo a uma API de conversão aberta a que o GlotPress pudesse ligar-se e popular as versões AO90 com o mínimo de intervenção manual. Acontece que, por incrível que pareça, não existe uma API aberta de conversão. O Lince é uma aplicação proprietária, a API de conversão da Priberam também, e alimenta produtos comerciais.)
Através de uma solução de fallback, será até possível recorrer a uma das outras variantes quando não exista tradução na variante adoptada. I.e., supondo que o utilizador define a variante AO90 como idioma da sua instalação, poderá escolher a pré-AO90 como alternativa caso não exista ainda tradução AO90 de alguma frase ou expressão de um tema ou de um plugin.
Então…?
As alterações introduzidas na plataforma GlotPress nos últimos dois anos têm implicado um grande esforço de correcção e optimização por parte da (pequena) equipa de voluntários que a gere e desenvolve. As mudanças ao nível da gestão de variantes não foram ainda implementadas por limitações várias, mas estão a ser trabalhadas e estarão disponíveis em breve.
No curto prazo, uma alternativa para quem queira usar ficheiros de idiomas segundo o AO90 é a utilização de um plugin que permita a substituição dos ficheiros que vêm do repositório de idiomas.
O WPT Custom Mo File é um plugin que nos permite escolher um ficheiro .mo personalizado, que substitui o que está em utilização para um plugin ou tema.
O Loco Translate também tem uma funcionalidade que permite fazer esta substituição.
Para quem o AO90 no core seja insuficiente através do PT Variants e pretenda uma solução imediata também para plugins e temas, esta funcionalidade do WPT Custom Mo File e do Loco Translate cobre as necessidades. Basta seleccionar os ficheiros de idiomas AO90 (depois de os converter com o Lince, p.e.) para cada plugin ou tema que se esteja a utilizar.
O que se segue
A equipa de tradução do WordPress para português de Portugal continua a trabalhar para encontrar uma solução que corresponda às necessidades dos utilizadores. O processo não é fácil mas já foram dados muitos passos importantes para a sua resolução.
Existem, por agora, soluções temporárias (mas efectivas) que permitem ultrapassar os problemas apontados pelos utilizadores que sentem falta de um WordPress que siga as regras do AO90. Dentro de algum tempo (que não depende de nós), teremos, por certo, uma solução mais integrada na lógica de funcionamento do WordPress.
Desculpe, mas não faz sentido nenhum o que escreveu.
As traduções não são efetuadas porque alguém gosta ou não gosta de traduzir de uma maneira ou outra, nem sequer se foi votado para ser “assim” ou “assado”.
Eu era tradutora/revisora no WordPress.com e encarregue de melhor o ‘Glossário’ e pura e simples porque alguém do WordPress.org (equipa portuguesa) não gosta das traduções de acordo com AO1990, eles despromoveram-me para tradutora até que alguém no WordPress.org (pt-PT) se decida a aceitar as traduções conforme o AO1990.
Isto é de uma estupidez e ignorância total.
E tudo isto, devido ao que em Portugal se chama a “tradutores de trazer por casa”.
Desculpem isto, mas é a verdade pura e simples.
É triste ver o nosso português a ser ultrapassado pelo pt-BR e muitas empresas a assumirem que o pt-BR representa a língua portuguesa.
O PT-BR não representa, nem deve representar a lingua portuguesa pois é fruto de influências amerindias e negras, assim como de uma certa ignorância e submissão a estrangeirismos(principalmente EUA), mas inevitavelmente, assim como o EN-US, acabam se sobrepondo devido ao seu tamanho e importância acrescida no panorama mundial, no caso do Brasil, são 20x mais pessoas que o falam do que portugueses. É impossivel não ter isso em consideração. Penso que o PT-PT deve ter a sua identidade, mas não ao ponto de se tornar uma lingua completamente aparte dos outros PT- , pois isso também iria prejudicar as futuras relações e laços económicos que poderiam/podem se aproveitar.
Manuela,
Antes de mais, como utilizador do WP, obrigado por dares o teu tempo para as traduções.
No entanto, considero, como opinião pessoal, que traduções como as que listo a seguir estão erradas, e pode ter vindo daí a despromoção.
Relembro que a equipa, como um todo, funciona melhor do que um “one man job”. Se esse era o teu caso, e queres traduzir, faz por te juntares à equipe,
Links:
– https://translate.wordpress.org/projects/wp/dev/pt/default?filters%5Bstatus%5D=either&filters%5Boriginal_id%5D=4818184&filters%5Btranslation_id%5D=51063128
– https://translate.wordpress.org/projects/wp/dev/pt/default?filters%5Bstatus%5D=either&filters%5Boriginal_id%5D=3647230&filters%5Btranslation_id%5D=46351334
– https://translate.wordpress.org/projects/wp/dev/pt/default?filters%5Bstatus%5D=either&filters%5Boriginal_id%5D=4483128&filters%5Btranslation_id%5D=50372227
A propósito Rui Cruz, as normas de tradução da Comunidade Portuguesa de WordPress estão aqui: https://pt.wordpress.org/traducoes/guia-de-tradutores-portugues-de-portugal-pt_pt/
Rui,
O que fizeram foi uma falta de respeito, nada mais.
Pura e simplesmente foi-me dito que o responsável pelo pt-PT me iria contactar, mas até hoje nada.
Mas infelizmente, já estou habituada com a falta de respeito e profissionalismo/amadorismo dos tradutores portugueses.
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Id. da publicação do anexo
Id. (abreviação) -> identificação
Deixar como ID, está errado, nem sequer existe como abreviação no pt-PT.
Na segunda, vê-se facilmente que existe um erro (já corrigido), mas nenhuma das traduções está errada.
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Quanto ao WP.com, eu fui contactada para ajudar com a tradução, revisão e glossário, mas nunca ninguém disse para desrespeitar o AO1990, nem sequer para seguir o que está no WP.org porque eu yinha dito logo que não ajudaria.
Eu acho que quem não o utiliza está errado e a desrespeitar a nossa língua.
E é lamentável ver na WP as pessoas a querem traduzir como gostam, e não como deve ser.
E as traduções não se fazem por votos, ou coisa parecida.
Por isso não admira, ver o estado das traduções.
Obrigado pelo seu contacto.
Cumprimentos,
Manuela Silva
Para que não haja dúvidas, e indo ao exemplo concreto, a sua tradução está errada, aliás, todas as três sugestões que fez estão erradas: https://translate.wordpress.org/projects/wp/dev/pt/default?filters%5Bstatus%5D=either&filters%5Boriginal_id%5D=4483128&sort%5Bby%5D=translation_date_added&sort%5Bhow%5D=asc
Attachment post ID refere-se à identificação (ID na base dados) do tipo de conteúdo Anexo (attachment post). Post no WordPress não se refere apenas a Artigos, refere-se a Tipo de Conteúdo. Os Anexos, no WordPress, também são posts. E podem não estar associados a qualquer Artigo ou Página. Mais informação aqui: https://codex.wordpress.org/Post_Types
Em relação aos comentários que produz quanto ao estado das traduções, felizmente são a excepção à regra, e isso sim uma tremenda falta de respeito para todos os voluntários que têm, ao longo dos anos, contribuído para a sua consolidação e melhoramento. Não são perfeitas, é certo, mas tem havido muito trabalho, dedicação e trabalho de equipa para corrigir e consolidar termos e expressões, e posso confessar que nos orgulhamos do que tem sido conseguido.
As traduções na nossa Comunidade fazem-se em partilha e em discussão. No guia para os tradutores está bem explícita a forma de sugerir alterações, nomeadamente isto:
Infelizmente, a Manuela ignora estas normas. Porquê não sei.
“Esta solução permitiria oferecer a alternativa AO90 a quem pretendesse adoptá-lo, surgindo como opção na lista de idiomas já disponíveis no painel das opções do WordPress.”
Espero bem que seja esta a solução definitiva!
Já que o WordPress permite várias línguas, não seria mais fácil implementar o AO90 como uma língua separada? Pessoalmente, não me faz falta, pois por opção, não sigo o AO90.
António, é o que se está a tentar fazer, não é um idioma separado, é uma pseudo-variante. Mas há aspectos técnicos que não dependem de nós.
Eu e o Álvaro Góis enveredamos esforços no último WordCamp Europe, em Paris, para que algo semelhante aconteça: a criação de uma variante. Além disso foi criado um pequeno plugin, que publicaremos imediatamente após a disponibilização desta variante, para que os utilizadores possam automaticamente escolher AO90 como “idioma” principal com fallback para pré AO90, em vez de fallback para Inglês que é o default do WordPress, em plugins/temas que não tenham traduções AO90 criadas.
Em suma, estamos a fazer TUDO para resolver esta questão da ÚNICA forma possível: manter o pré AO90 como PT-PT por omissão, pelas razões já enunciadas como a existência de milhares de sites a quem não podemos impor uma alteração brusca e porque é possível converter pré-AO90 para AO90 de forma automática (mas não o contrário).
Ao contrário das afirmações de alguns comentários neste post, o que a comunidade quer é resolver esta questão para TODOS, apesar da maioria continuar a preferir o pré-AO90, como várias vezes já foi provado em “consulta popular”.
Acho que não se trata de adotar ou não.
O AO 1990 é obrigatório. Não existe opção de aceitar ou não.
Não compreendo porque as pessoas têm tantos problemas em o seguir.
Este em parte veio simplificar muita coisa, e é só relacionado com ortografia.
É uma vergonha a WP a não utilizar o AO 1990. E isto porque alguém não gosta do AO 1990.
O AO deveria ser utilizado e quem não o aceita deveria arranjar outros meios mas não dentro da WP.
É obrigatório.
Veja o comentário que deixei em cima, em resposta ao António Miguel Trindade, nomeadamente o último parágrafo.
E já agora, para quem defende com unhas e dentes uma norma ortográfica dentro desta comunidade, era interessante que deixasse de escrever “a WP” ou “da WP” e passasse a usar “o WordPress” ou “do WordPress”.
“A WordPress” soa a PT-BR.
Isso de ser obrigatório ou não ainda é motivo de debate, mesmo entre os entendidos em matéria legislativa. Segundo o entendimento de vários constitucionalistas, bem mais versados na matéria que eu, apenas é obrigatório nas instituições tuteladas pelo Estado, mediante a portaria que foi publicada. Ora, segundo esses mesmos constitucionalistas, uma portaria não tem força de lei, pelo que não torna obrigatória a utilização do AO90 para instituições não tuteladas pelo Estado.
Eu, enquanto não for inequívoca a obrigatoriedade de utilização do AO90, continuarei a utilizar a grafia que me foi ensinada.
Mais, como leigo em matérias linguísticas, vejo no AO90 bastantes incongruências e contradições para que seja aplicado correctamente. Pessoalmente, nem sei todas as alterações que introduziu.
Mais, não querendo entrar numa discussão sobre as vantagens e desvantagens do AO90, pois não é isso que está aqui a ser discutido, não sei que simplificações trouxe, pois nega a etimologia de muitas palavras, tornando mesmo algumas normas em excepções, que “baralham” os sistemas automáticos de correcção ortográfica e mesmo contraria as regras de derivação de algumas palavras.
Lamento informá-la mas não, o AO90 NÃO É obrigatório. Nem sequer é legal, quanto mais obrigatório.
Aconselho-a a ir informar-se melhor sobre o assunto. Pode começar por adquirir um pequeno livrinho de título “O AO90 não está em vigor” da autoria do jurista e embaixador Carlos Fernandes.
Uma vergonha é ver quem defenda crimes de lesa-língua e ainda por cima queira, ilegalmente, impor os seus devaneios linguísticos à maioria.
Manuela,
o AO90 não é obrigatório para ninguém pois não há nenhuma lei em Portugal que diga que agora os Portugueses tem de escrever “Brasileiro” só porque sim…
Para além de o AO90 ser ilegal como já foi N vezes demonstrado e com inumeros processo a decorrer em tribunal…
So o mesmo fosse tentado a ser transformado em Lei, o tribunal Constitucional iria imediatamente anular essa lei… pois vai contra a nossa constuição… A nossa Lingua é a Lingua Portuguesa e não a variante Brasileira do Português
AO90 NÃO É OBRIGATÓRIO !
(Ao contrário do que diz…
Só usa o AO90 quem quer escrever á Brasileira…
Há um aspeto que se torna urgente passar a considerar de ora em diante: A República Portuguesa tem, para todos os efeitos, uma ortografia oficial, em vigor desde 2013 e é notório que cada vez mais entidades públicas e privadas seguem as normas oficiais para a ortografia. Ponto final.
O que se passa neste momento com a denominada “Comunidade Portuguesa de WordPress” no que diz respeito à questão da ortografia, é algo que, infelizmente, não tem muitos (ou nenhum!) adjetivos positivos que abonem a seu favor para auxiliar a descrição desta fase tão negra de um projeto que se pretendia que fosse livre e ao mesmo tempo, em concordância com as normas oficiais das nações.
Passemos a falar menos do acordo ortográfico e mais da ortografia. Concordo totalmente que este não é o local para se criticar ou apreciar o acordo ortográfico, mas este será sem dúvida alguma o local para se falar da ortografía com que temos que trabalhar se quisermos devolver o devido respeito e valor ao tremendo projeto que é atualmente o WordPress.
As regras da ortografia oficial são perfeitas? Não, não são. Já as regras do tempo de Salazar (1945) não o eram e tiveram necessidade de várias revisões e correções. Não será obviamente exceção com as atuais regras.
Contudo, são as que tempos e aquelas com que a grande maioria dos cidadãos necessitam de trabalhar. Se são oficiais, deveriam, obviamente, ser tornadas oficiais em qualquer local público ou privado. Os tempos e períodos de adaptação estão mais do que concluídos e apenas alguns pequenos (mas potentes, é certo) grupos de oposição ainda teimam em resistir ao óbvio, sendo que é mesmo com tremenda tristeza que se observa essa ocorrência no seio da comunidade portuguesa de WordPress.
Obviamente que, quem não pretender seguir as regras, e desde que não prejudique terceiros, estará no seu direito de o fazer (embora, para todos os efeitos, e mesmo considerando que não existam “penas” para quem não cumpra as regras, estará, para todos os efeitos, ilegal) mas a verdade é que se existe uma ortografia tornada oficial, não haverá a menor das dúvidas que será apanágio de qualquer líder de projeto em seguir o que é oficial.
A “Comunidade Portuguesa de WordPress” achou por bem não seguir essas regras (infelizmente, com dados mesmo muito obscuros que tentam suportar essa decisão, pois a pedidos vários da minha parte, nunca me foram facultados os dados da suposta “votação” que tenta legitimar essa decisão) mas infelizmente, e a meu ver, esta será ficará para a história como uma das maiores trapalhadas e ao mesmo tempo atestados de incapacidade a par com um excelente exemplo daquilo a que poderemos chamar de “chico-espertice” por parte de quem tem neste momento a incumbência de direcionar ou aprovar as traduções para o idioma português de Portugal.
Isto poderia ser considerado um “não problema” não fosse o caso de se tratar de um assunto mesmo muito sério que só desprestigia e confere má reputação aos portugueses, no seio da comunidade internacional de WordPress.
Se existe uma ortografia oficial em Portugal, passa-se a utilizar essa ortografia de forma oficial no projeto e ponto final. Quem pretender continuar a utilizar algumas das antigas normas, deverá poder fazê-lo, mas não de forma oficial. Ou seja, a utilização de “plugins” deverá ser a solução para quem pretende ficar “não oficial” e não para quem pretende seguir as normas oficiais.
Mas onde é que já se viu prejudicar aqueles que pretendem seguir as normas e facilitar a vida àqueles que pretendem não seguir as regras? Deverá sempre e em especial nesta circunstância em que as novas regras da ortografia se encontram plenamente consolidadas dar-se prioridade ao que é oficial e colocar em segundo plano o que não é.
As explicações dadas para colocar as traduções “oficiais” com base na antiga ortografia é um verdadeiro atentado à liberdade de participação nas traduções por parte dos voluntários que já escrevem conforme a ortografia oficial. Ou seja, quem segue as regras, vá dar uma volta porque não é bem-vindo.
E pior: Se este tipo de plano seguir em frente, então, parece que a intenção é fazer com que as pessoas fiquem totalmente arredadas de participar voluntariamente com as suas traduções mesmo quando já estão plenamente dentro das regras oficiais da ortografia, exigindo que as regras obsoletas sejam respeitadas em detrimento das oficiais. Muito triste mesmo (para evitar adjetivos mais negativos…)
Isto não tem qualificação possível. Peço-vos imensa desculpa pelo desabafo, mas a única forma que há para tentar qualificar o que aqui se está a passar é mesmo utilizar o termo “chico-espertice” e denunciar a apropriação por parte de algumas pessoas numa triste tentativa de controlar em absoluto um projeto que se pretende aberto e dentro das regras que um país como o nosso merece ver respeitadas, caso pretenda obter um mínimo de afirmação perante as comunidades quer de simples utilizadores, quer de gestores de sítios internet WordPress fora das nossas fronteiras.
O projeto, tal como está a ser pensado e dirigido é totalmente criticável e merece vigoroso repúdio.
Espero sinceramente que esta publicação nunca venha a ser modificada nem eliminada para que as futuras gerações de utilizadores de WordPress possam ler com os seus próprios olhos e concluir o mais do que óbvio, que é a desonestidade com que a questão da ortografia está a ser tratada por parte de quem se diz ser representantes deste grande movimento livre chamado WordPress.
Vitor,
Para quem escreveu “ponto final” duas vezes no comentário, o mesmo continuou longo, em vez de ter terminado num dos “ponto final”.
Longo, mas sem nada de novo relativamente às posições que já todos conhecemos, infelizmente. Pouca gente terá chegado ao fim. Eu cheguei, e portanto deixa-me dar-te a minha opinião sobre o que aqui nos dizes.
Na Comunidade Portuguesa de WordPress (sem aspas à volta) não existem chicos espertos que se querem apropriar do projecto. O que existem são pessoas que há anos e anos trabalham, pro-bono, em sacrifício da sua vida profissional e pessoal, em prol do bem comum e de um projecto open-source comunitário. São pessoas que todos os dias têm de tomar decisões e seguir caminhos que espelhem a vontade da comunidade, e a vontade da comunidade não é obscura, ao contrário do que afirmas. Se não acreditas, organiza um evento em que seja colocada à votação a vontade da comunidade. Ninguém te impede. Isto É uma comunidade (sem aspas).
Os argumentos para manter a versão pré-AO90 como a base das traduções são simples, directos e objectivos e já foram explicados variadíssimas vezes, diria mesmo ad-nauseam, não apenas, também neste post e nos comentários ao mesmo, pelo que não me vou alongar neste ponto, pois seria chover no molhado. Não há interesses obscuros. Há vontade de ter uma solução para todos. Tanto há que eu e o Álvaro demos um importante passo nesse sentido no último WordCamp Europe, em Paris, solicitando a criação da variante AO90, o que aguardamos a qualquer momento.
Não está escrito em pedra que a variante pré-AO90 será para sempre a base da tradução PT-PT. Nada impede que a qualquer momento da história deste projecto as coisas se invertam. Assim queira a comunidade. Só quem não conhece minimamente os princípios deste projecto open-source é que pode achar que se pode fazer uma mudança deste género, afectando todos os utilizadores, sem uma discussão muito alargada e consensual. Eu explico: uma das regras básicas da evolução do WordPress é a retro-compatibilidade.
Na minha opinião, a ortografia é uma das prioridades cruciais para o público português. Depois, está AO. Eu continuo a escrever à moda antiga, mas respeito aqueles que escrevem AO 1990. Não há nenhuma lei que proíba a minha escrita do velho AO… Como dizem os brasileiros, é muito mi mi mi… Deixemos de ser radicais…
Esta discussão tem sido conduzida de forma aberta e transparente, muitas vezes em meetups e WordCamps e também online, e a maioria dos utilizadores prefere pré-AO90. Num projeto aberto como o WP.org cabe a quem prefere o AO90 liderar esse esforço e apresentar o seu caso e soluções. No entanto críticas e comentários destrutivos não são contribuições válidas, apenas ruído. Para quem defende o AO90 porque não começar com a promoção de uma nova votação e propostas concretas de como avançar?
Isto aqui em cima ^
Independentemente das preferências, esta comunidade tem-se pautado sempre pela liberdade de escolhas, e nunca deixou de dar suporte a nenhuma das grafias, como de resto está explicado no artigo.
Neste caso, eu diria que não só cabe aos interessados liderar esse esforço mas primeiro procurar saber o que tem sido feito pelo seu interesse. E tem sido muito, correndo o risco de me repetir, como de resto está explicado no artigo.
Os membros activos neste processo, apesar deste discurso insultuoso e desrespeitoso, têm procurado soluções, algumas já em funcionamento, outras em curso, para garantir que todos tenham as suas opções satisfeitas.
Neste esforço de encontrar uma solução está incluído um factor muito importante, sim, também mencionado no artigo: através de um processo de conversão simples e automatizado, ambas as opções beneficiarem do mesmo trabalho exaustivo de consolidação de termos e glossário. Esta consistência é essencial para uma boa interface e consequente experiência de utilizador.
A explicação sobre o processo de tradução que garante estas opções para todos é clara e transparente, não exclui ninguém, pelo contrário, tem como missão ser o mais inclusiva possível.
Naturalmente que as traduções que não cumpram os pressupostos do Guia de Tradutores, que impedem que os utilizadores tenham uma tradução consistente, com termos bem consolidados, e especialmente em ambas as grafias, são contra-producentes e não podem ser aceites.
Para evitar este esforço de tradução desnecessário é essencial um contacto próximo entre todos os tradutores, com particular atenção ao convite à participação e debate no canal #traducao dedicado a estes temas, no Slack da Comunidade Portuguesa de WordPress.
A constante repetição de que este processo não é democrático, a diabolização das regras que permitem à comunidade garantir ambas as grafias para todos os utilizadores, é extremamente injusta e denota a não compreensão da lógica das regras definidas.
Estas regras estão explicadas, são muitas vezes debatidas e podem ser redefinidas, como mencionei acima, existe um canal precisamente para o efeito, mas acima de tudo, que seja feito com respeito.
Repito, estas regras são inclusivas, não impedem ninguém de traduzir, e permitem fornecer um tradução a todos os utilizadores, pré-AO90 e AO90. Estas regras de introdução das traduções nada têm a ver com uma qualquer preferência de grafia da comunidade, já que no seio da comunidade há utilizadores de ambas as grafias, têm a ver com, repito, garantir que no processo, todos têm a sua preferência satisfeita.
Não se deve misturar alhos com bugalhos.
A consolidação das traduções de termos próprios da “gíria informática” (tais como “post”, “hoax”, “file”, “folder”, “plugin”, “media”, “slug”, etc.) que deverão obviamente ser alvo de correta comunicação e conhecimento entre todos os membros que pretendam colaborar com propostas para traduções nada têm a ver com a ortografia.
A ortografia é um aspeto totalmente diferente da questão das regras que se tornam necessárias criar para auxiliar na consolidação dos termos.
Quer com a ortografia anterior, quer com a ortografia oficial, as consolidações de termos sempre terão que existir, nunca dependendo da ortografia que se está a utilizar.
Portanto, sabendo que existe uma ortografia oficial na República Portuguesa, as traduções em uso na República Portuguesa têm que seguir essa ortografia.
Quem pretender utilizar ortografias alternativas deverá procurar métodos alternativos que não os oficiais para o poder fazer.
As frases muito compridas com muitas informações escritas mais acima apenas confirmam os meus receios:
Existe apenas uma ortografia oficial em vigor no nosso país e se o plano descrito no texto deste artigo for adiante, então as pessoas que pretendam contribuir com traduções segundo a ortografia oficial verão as suas contribuições serem reprovadas.
As pessoas serão proibidas de colaborarem se estiverem a tentar seguir as regras nacionais do país.
É isto que se torna necessário contatar: Não existirá liberdade para os que proponham traduções nos vários projetos de todo o “ecossistema” WordPress, se estiverem a seguir as regras oficiais da ortografia de Portugal.
As pessoas em Portugal estão a alterar a forma como escrevem porque as regras oficiais da ortografia foram alteradas e estão em vigor, pelo menos, desde 2013.
Se esse plano seguir em frente, as pessoas que seguem as regras oficiais da ortografia da República Portuguesa estarão proibidas de participar com traduções na plataforma WordPress.org.
Este procedimento não pode ser considerado válido e deverá ser repensado, alterado ou simplesmente cancelado imediatamente, ou as traduções para a língua portuguesa de Portugal passarão a ser conhecidas em todo o meio WordPress.org como o primeiro exemplo flagrante de como se afastam pessoas de colaborar livremente seguindo as regras oficiais da ortografia, só porque um grupo de pessoas achou que se deveria regulamentar o modo como as colaborações às traduções são feitas para que quem participe não possa seguir as regras oficiais em vigor no nosso país.
Isto, no mínimo, parece uma piada.
Chega.
Já te foi explicado (vezes sem conta), com infinita paciência, os comos, os porquês de todo este processo e em que é que ele é aberto e totalmente transparente e feito para respeitar as decisões da maioria.
A tradução para português (tal como o próprio core do WordPress), é open source, pelo que se não estás de acordo com a abordagem deste grupo, tens uma solução simples:
COMEÇA O TEU PRÓPRIO GRUPO DE “WP AO90”. Faz um site, abre discussões, recruta voluntários (parece que os há), implementa uma plataforma de tradução, distribui os ficheiros de tradução da tua versão. Podes até usar como base o trabalho desta comunidade à vontade, ninguém te leva a mal. Que se lixe, abre um canal no Slack, nós ajudamos.
Agora pára por favor de insultar quem aqui trabalha a troco de nada desde muito (mas muito, mesmo) antes de aqui apareceres, de inventares conspirações sem nenhuma substância ou fundamento sobre esta comunidade, e de insistires em que as coisas devem ser feitas como tu achas, pela simples razão que tu assim achas.
No final do dia, todos temos que encher o frigorifico e para isso não temos escolha se não trabalhar. O que não temos de fazer é afagar o teu ego.
Queres que tudo isto aconteça da maneira que imaginaste? Muito bem, é 100% legítimo, mas trabalha para isso, porque ninguém aqui o vai fazer por ti.
Que comentário, que nem sequer é digno de uma resposta.
TRISTE
Connection – conexão ou ligação?!
Em pt-PT é normal ‘ligação’ e ‘conexão’ é mais utilizado no pt-BR
E isto só mostra a inconsistência dentro da tradução para pt-PT
Ao contrário de muitas outras das suas sugestões, esta situação que a Manuela identificou é, efectivamente, uma inconsistência. Se consultar o Glossário verá que, embora não haja uma entrada para connection, existe uma para o verbo connect, com a respectiva tradução como ligar ou ligar-se.
A tradução do WordPress tem sido feita ao longo de muitos anos e por muitas pessoas, que nem sempre empregam os mesmos termos. Haver duas entradas em milhares que utilizam um termo errado é um exemplo de que tem sido feito um bom trabalho de consolidação, e não o oposto.
A sua chamada de atenção permitiu-nos corrigir três entradas distintas. Obrigado.
“as traduções para a língua portuguesa de Portugal passarão a ser conhecidas em todo o meio WordPress.org como o primeiro exemplo flagrante de como se afastam pessoas de colaborar livremente seguindo as regras oficiais da ortografia”
Eu acho que tu não entendes bem o que é que certas pessoas da Comunidade Portuguesa de WordPress significam para o básico conceito de existir sequer a possibilidade de tradução da plataforma. Como já disse em comentários anteriores, só quem não conhece o projecto é que pode escrever as coisas que tu escreves.
“um grupo de pessoas achou que se deveria regulamentar o modo como as colaborações às traduções são feitas”
Esse grupo de pessoas são as que garantem que TU hoje tens um WordPress em PT-PT.
“Isto, no mínimo, parece uma piada.”
Não, já não tem piada.
Lê a resposta do Zé a este teu comentário e percebe porquê (se conseguires sem nos brindares com outro testamento que ninguém está interessado em ler pela simples razão que será, de novo, ofensivo e repetitivo).
Lamento informá-lo mas está enganado. Não só a República Portuguesa não tem uma ortografia oficial como, a ter, é aquela que costa do Decreto n.º 35 228 de 8 de Dezembro de 1945 com as alterações do Decreto-Lei n.º 32/73 de 6 de Fevereiro.
Nenhum destes decretos foi revogado nem poderia ser nunca por qualquer nota informativa do MNE nem Portaria já que nenhum desses actos é um acto legislativo mas somente administrativo. E nos termos do artigo 112º da Constituição da República Portuguesa, apenas são actos legislativos as Leis, os Decretos-Lei e os Decretos-Legislativos Regionais.
Como tal, se quer falar de leis, então o uso do AO90 – para além de inconstitucional por violação dos princípio do não-dirigismo cultural e da identidade cultural – é também ilegal por violação dos mencionados Decretos-Lei.
Lá porque andam a usá-lo não o torna legal. O Estado também é corrupto e não é por isso que a corrupção se torna legal e muito menos obrigatória.
Infelizmente na comunidade portuguesa, prevalece “é como eu quero” e “não como deve ser”.
– Existe um grupo de pessoas que dá o litro há anos para oferecer uma versão do WordPress em PT.
– Lançaram uma votação que obteve um resultado claro sobre qual o AO desejado para ser utilizado como base.
– O mesmo grupo de pessoas fez um esforço adicional para criar mecanismos que permitem alternativas à ortografia por defeito.
– Existe total liberdade para outras iniciativas de criação e promoção de traduções.
Assim, é um abuso escandaloso considerar o trabalho desta equipa e a intervenção no trabalho desta equipa, para obter um resultado ajustado aos nossos interesses, como direitos adquiridos.
Para além do leve odor a “argumentum ad verecundiam” na argumentação, é inaceitável também o recurso ao insulto implícito para expor pontos de vista.
Bom senso e moderação na linguagem, com ou sem acordo, recomendam-se.
Em fevereiro de 2017 no DN:
Ministro dos Negócios Estrangeiros recusou-se comentar a proposta da Academia de Ciências sobre o acordo
O ministro dos Negócios Estrangeiros português afastou hoje a possibilidade de revisão do Acordo Ortográfico, referindo que está em vigor em Portugal e que falta ser aplicado pelos países onde a ratificação ainda está em curso.
“O momento em que estamos do processo de implementação do Acordo Ortográfico é este momento: para países como Portugal, Brasil e outros, está em vigor; noutros países que o aprovaram, o processo de ratificação ainda está em curso”, disse hoje Augusto Santos Silva, à margem da apresentação da plataforma “Português Mais Perto”.
O chefe da diplomacia portuguesa referia-se a Angola e Moçambique, que ainda não ratificaram o acordo ortográfico, em vigor em Portugal, Brasil, Cabo Verde e São Tomé e Príncipe.
A partir do momento em que está em vigor, já não se coloca a opção de escrever como antes do AO e depois do AO.
E estando mesmo em vigor, ‘É ERRADO, E ESTÁ ERRADO’ escrever como antes do AO
https://palheta.wp-portugal.com/2017/08/21/ola-a-todos-para-quando-a-utilizacao-das/#comment-32719
A ortografia portuguesa rege-se pelo Decreto n.º 35.228 de 8 de Dezembro de 1945, com as alterações introduzidas pelo Decreto-Lei n.º 32/73 de 6 de Fevereiro. A aplicação do AO90 rege-se pela Resolução da Assembleia da República n.º 35/2008, que é um instrumento legislativo hierarquicamente inferior a um Decreto-Lei e, portanto, não o revoga.
Não estando a legislação que rege o AO45 revogada, está em vigor. Estando em vigor… não se deve escrever em acordita.
Por outro lado, o RAR 35/2008 obriga apenas o Estado e as entidades dele directamente dependentes à aplicação da reforma ortográfica. Fora da esfera do Estado e Administração pública, o AO90 não é tido nem achado.